sábado, 10 de dezembro de 2016

Tara foi abusada por um ancião TJ... e agora quer justiça


Tara tinha apenas 4 anos quando seus pais se uniram à religião das Testemunhas de Jeová. Eles eram hippie, e nunca foram religiosos, mas quando as Testemunhas de Jeová os contataram e lhes falaram de que a Terra logo seria um lindo paraíso, eles decidiram que era o que precisavam para dar um belo futuro aos seus filhos.

Tara conta que, depois de ingressar na religião, sua infância foi completamente tolhida pelas muitas regras da religião, que regulamentava os programas que se podiam ver na televisão, as roupas que se podia usar, o estilo de cabelo, o uso de barba. Ela também fala das frequentes seções de estudos para as três reuniões semanais (agora são apenas duas), bem como sobre o costume de estudar a Bíblia tido dia, logo cedo, pela manhã, e sempre orar antes das refeições.

Então quando tinha 8 anos,  com a permissão de seus pais, Tara foi dormir na casa de um amigo da família, que era o ancião presidente da congregação. Ele era casado e também tinha uma filha um pouco mais velha que ela. Segundo Tara, ele parecia usar sua filha para atrair outras crianças a sua casa. E foi numa noite dessas, que este ancião abusou de Sara, além de ordenar sua filha que também a tocasse na vagina.

Depois do ocorrido, Sara foi proibida de contar a seus pais qualquer coisa, pois se contasse, toda a família seria punida com a desassociação e ninguém da congregação poderia falar com eles. Tara teve medo dessas consequências, além de presumir que ninguém acreditaria nela se contasse.

Tara conta ainda que era uma criança feliz antes disso, e nem  era muito tímida. Depois disso, passou a ter medo de dormir sozinha e a fazer xixi na cama. Tanto tinha medo que sua mãe precisava deixar o cão dormir com ela. Somente assim, Tara se sentia segura.

Foi somente cinco anos depois, quando tinha 13 anos, que Sara contou o caso a sua mãe e a seu irmão. Os anciãos foram então informados, e formou-se uma comissão para examinar o caso. Sara foi ouvida, mas os anciãos queriam  pelo menos uma testemunha para confirmar a história de Tara, e ela não tinha nenhuma. Os anciãos então concluíram que ela não era uma testemunha crível e foi considerada mentirosa.

Aos 23 anos, Tara levou seu caso à polícia, mas a investigação não encontrou elementos suficientes para formular uma acusação.


A história de Tara foi ouvida recentemente pela Comissão Real Australiana, que constatou na semana passada que as Testemunhas de Jeová recorrem a uma regra de 2000 mil anos para lidar com casos de pedofilia, e foi justamente essa regra que possibilitou a que o abusador de Tara escapasse da justiça. 

Fonte: jornal australiano. 





Atualmente, já aos 34 anos, Tara ainda precisa dormir com seu cão para se sentir segura, tem pesadelos e acordo no meio da noite com crise de choro.


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Um comentário:

  1. Pedofilia dentro da igreja, dentro dos lares, dentro das escolas....
    Quando as crianças terão um lugar seguro de se viver?
    Te parabenizo, Lourisvaldo, por levantares esta questão. Valeu.
    abraço
    Lola

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